Um cadeado velho
Enferrujado, oxidado
Trancado nas correntes da desilusão
Fechado em sua solidão
Se abriu
Sua chave
Seu óleo, seu zelo
Se sentiu livre, solto
Distante, torto
Por um momento
Esqueceu sua função
Trancar
E num frenesi
Começou a provar
Era bom, inviolável
Mas isso mudou
Afinal, um cadeado só permanece fechado
Até a chave certa o libertar...
(Felipe D. S.)
quinta-feira, 28 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Dentro do vulcão
Sinto queimar
Sinto borbulhar
A alma queima em gemidos
A dor se esvai em prazer
Delicado magma nos envolve
Nos dissolve
Nos mistura
A noite
A lua deita sobre nossos corpos
Queimados do Sol e da lupa.
E com a brisa leve
Nos leve para bem longe
Pois o magma
Se tornou rocha
Nós líquidos
Nos tornamos sólido.
Sinto borbulhar
A alma queima em gemidos
A dor se esvai em prazer
Delicado magma nos envolve
Nos dissolve
Nos mistura
A noite
A lua deita sobre nossos corpos
Queimados do Sol e da lupa.
E com a brisa leve
Nos leve para bem longe
Pois o magma
Se tornou rocha
Nós líquidos
Nos tornamos sólido.
(Felipe D. S.)
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Amor de uma chuva
Duas taças de vinho, uma rosa
Tu, vestida de vermelho
Chovia lá fora
Molhava aqui dentro, de nós...
Trocamos de pele
Nossas almas se arrepiaram...
Tento me concentrar em qualquer outro detalhe
Mas a única coisa que me prende
É o vermelho dos teus lábios.
Um beijo, um choque
Um desejo, um toque.
A carne exala.
Exala o quê?
O desejo de nos pertencer.
Beijos, mordidas
Unhas atrevidas.
Cessa a chuva,
E com ela o nosso amor...
(Felipe D. S.)
Tu, vestida de vermelho
Chovia lá fora
Molhava aqui dentro, de nós...
Trocamos de pele
Nossas almas se arrepiaram...
Tento me concentrar em qualquer outro detalhe
Mas a única coisa que me prende
É o vermelho dos teus lábios.
Um beijo, um choque
Um desejo, um toque.
A carne exala.
Exala o quê?
O desejo de nos pertencer.
Beijos, mordidas
Unhas atrevidas.
Cessa a chuva,
E com ela o nosso amor...
(Felipe D. S.)
domingo, 10 de abril de 2016
Pela janela...
São 10 horas da noite. Sentado em uma cadeira solitária, num ônibus solitário, num caminho solitário de volta pra casa. Olho pela janela, mas nada enxergo, só fico a viajar em pensamento.
Perdido em meu pensamento
Tento me encontrar
Mas só encontro a dor
De não saber me controlar...
Lembro-me dos risos, dos vinhos
Dos olhares, dos carinhos.
Lembro-me das alegrias promíscuas,
Das esperanças pouco inócuas.
Mas em um momento de lucidez
Vi naquela janela, uma flor
Me lembrou a primavera do nosso amor.
E hoje, a dor que em meu peito bate
No entanto, estou satisfeito
Por lembrar que eu a senti, que eu a vivi...
Desse desamor, não tenho pesar
Porque eu pude aprender
Aprender o que é amar...
Perdido em meu pensamento
Tento me encontrar
Mas só encontro a dor
De não saber me controlar...
Lembro-me dos risos, dos vinhos
Dos olhares, dos carinhos.
Lembro-me das alegrias promíscuas,
Das esperanças pouco inócuas.
Mas em um momento de lucidez
Vi naquela janela, uma flor
Me lembrou a primavera do nosso amor.
E hoje, a dor que em meu peito bate
No entanto, estou satisfeito
Por lembrar que eu a senti, que eu a vivi...
Desse desamor, não tenho pesar
Porque eu pude aprender
Aprender o que é amar...
domingo, 3 de abril de 2016
Não é porque...
Não é porque sou negro,
Que sou bandido.
Não é porque sou mulher,
Que mereço ser desvalorizada.
Não é porque não me encaixo no seu padrão,
Que devo sofrer com a sua estupidez.
Não é porque sou pobre,
Que mereço ser humilhado.
Não é por causa das minhas relações,
Que mereço ser agredido.
Não é porque eu não sou você,
Que eu mereça ser oprimido...
Felipe D. S.
Que sou bandido.
Não é porque sou mulher,
Que mereço ser desvalorizada.
Não é porque não me encaixo no seu padrão,
Que devo sofrer com a sua estupidez.
Não é porque sou pobre,
Que mereço ser humilhado.
Não é por causa das minhas relações,
Que mereço ser agredido.
Não é porque eu não sou você,
Que eu mereça ser oprimido...
Felipe D. S.
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