segunda-feira, 18 de julho de 2016

Um assobio

Andando por aí, numa rua deserta
Senti um assobio enquanto olhava para a Lua
Aquilo me contaminou
Era como se aquela vibração penetrasse pelos meus poros.

Me senti um drogado, alucinado
Perdido entre o som e a Lua
Sim, a Lua, cheia
Cheia de mim, de nós.

Na noite calada e escura
Senti o universo nos dar privacidade
Nesse momento, não havia mais nada
Só nós.

Estava em pé, mas estava deitado
A Lua não refletia mais a luz do Sol
Mas a luz dos meus olhos encantados
E como forma de retribuição àquele cortejo impossível
Assobiei, sim, era eu desde o início
Estava entorpecido demais para perceber.
                                                                                      (Felipe D. S.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário