Deitado, sinto a escuridão me embrulhar
Ouvindo o assobio distante do vento que toca as árvores
Fazendo que, por um momento, eu não me sentisse só.
O silêncio beija minha boca e domina meu ser
Grito calado
Sinto o amor fugaz da Lua
Sei que ela ama a todos igualmente
Mas em um momento de devaneio tolo
Me senti especial.
Perdido entre o real e o fictício
Fugi sem rumo, acreditando que chegaria a algum lugar.
Simplesmente fechei os olhos e fui.
No caminho senti cheiro de vinho, quente, por sinal.
Senti respirações, amores, dores, rumores, percursos, soluços
Pessoas cheias de um vazio perturbador, a dor
Sorrisos como tentativas desesperadas de ser feliz.
Quando abro os olhos, te vejo.
Esqueço de tudo, inclusive do nada
Afinal, o nada também é muita coisa.
(Felipe D. S.)
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